Cantar é o jeito de expressar coisas que, ditas em prosa,
não soam do mesmo jeito. Vem daí a vontade de entoar aquela música pra alguém,
a certeza de que a canção foi feita pra você ou o poder de um simples refrão
resumir um turbilhão de sentimentos inexplicáveis. Um velho ditado inglês já
dizia: para ser honesto, cante. Soltar a voz é instintivo. Como tal, pode até
ser reprimido – mas que está aí dentro de você, ah, está. É de tempos
imemoráveis que colocamos ritmo na voz, transformamos emoção em melodia, fazemos
versos de preces. E faz bem, tão bem: pesquisas mostram que, ao cantar com
prazer, fortalecemos o sistema imunológico, diminuímos os hormônios do estresse
e aumentamos os do bem-estar. Na atenção ao canto, aprendemos a ouvir o corpo.
Respiramos melhor, a postura se acerta, as emoções se soltam. Pode ser num
coral ou no karaokê, dirigindo, no banho, acompanhando o disco. A voz não nasce
técnica – é a força que brota e se espalha por todos os cantos. Deixe sair.
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