Você conhece alguém que reclama de tudo? Já ficou ao lado de
alguém chato e cansativo? Já conviveu com alguém que bate as portas, que fala
gritando e que tem sempre uma palavra rude na ponta da língua para disparar em
quem se atreve a lhe perguntar algo?
Já conheceu alguém que reclama até da propaganda de
televisão, que fica nervoso com os telejornais, com a politica, com a
burocracia, com o cachorro, com as seguradoras, com o sindico e com a mulher
(ou marido), filhos, sogra e até do tempo?
Se fizer sol é porque o calor é insuportável. Se chover é
porque “pobre não tem sorte mesmo”. Tudo é motivo para reclamar! E o maior
problema é que as pessoas que são (ou estão) assim quase sempre não percebem!
Por isso, pergunte-se: você anda reclamando demais da vida?
Voe tem se comportado como uma pessoa pesada e desagradável?
Ou seja, tem se comportado como pessoa-repelente? Tem se dado conta de que
poucos amigos ainda continuam ligando de vez em quando e que, dificilmente, alguém
o paquera ou se interessa por você, depois de conhecê-lo melhor?
Sim, porque ninguém gosta de ficar perto de alguém que mais
parece uma “ziquizira” do que um “convite”. Mas, felizmente, de
pessoa-repelente você pode passar a pessoa-atraente. E é mais simples do que você
imagina. O primeiro passo é se tornar uma pessoa afetuosa. Sobre isso, Leo Buscaglia,
em seu livro Vivendo, amando e aprendendo, deu algumas dicas:
Para começar, acredito que a pessoa afetuosa seja uma pessoa
que goste de si. Não me refiro ao narcisismo. Refiro-me a uma pessoa que goste
de si como alguém que sabe que só podemos dar aquilo que possuímos, de modo que
é bom começar a conseguir alguma coisa.
A segunda coisa mais importante num individuo afetuoso é que
ele se liberta de rótulos. Basta você ouvir um rótulo para pensar que sabe tudo
sobre ele. Ninguém jamais se dá o trabalho de dizer: “Ele chora? Sente?
Entende? Tem esperanças?” Palavras... se você for uma pessoa afetuosa, dirá o
que significa uma palavra só depois de descobrir, por experiência, o que
significa, não por acreditar na definição de outras pessoas.
Também acho que o individuo afetuso é o que detesta o desperdício
e não suporta a hipocrisia. Leo Rosten diz: “Os fracos é que são cru-éis. Só se
pode esperar a brandura dos fortes”. Depois de se tornar afetuosa, sugiro que você
se torne uma pessoa gostosa. Não estou falando de medidas e peso, estou falando
de leveza, de alto-astral, de espiritualidade, flexibilidade, otimismo. Estou falando
da capacidade que temos de transformar pequenas ocasiões em festas, ainda que
seja uma festa interior.
E tem mais: aprender a expressar a sua afetividade pode
fazer toda a diferença em sua vida. Seja no ambiente de trabalho, em sua casa
ou em seu relacionamento íntimo, o afeto é a chave para entrar no mundo, no
coração e entender as boas intenções de uma pessoa.
Todos nós estamos fartos de carrancas, mau humor e pessoas
que não sabem se comportar de maneira gentil. Portanto, cada vez mais,
sobressaem-se aqueles que reconhecem a importância de um sorriso, uma dose
extra de paciência, uma amizade desinteressada, enfim, aqueles que sabem tornar
o ambiente mais agradável à sua volta.
Pouco importa o papel que você desempenha; pouco importa
onde você esteja; pouco importa se você é chefe, subordinado, profissional
liberal, casado, solteiro, pai, mãe ou filho. Não são requisitos como posição
hierarquia ou conta bancária que determinam quanto você precisa ser
inteligentemente afetivo, equilibradamente emocional e amigável. O que vai
fazer a diferença – com o que você trata cada uma que fizer parte daquele
momento vivido.
Nas grandes empresas e também nos relacionamentos entre pais
e filhos e casais, o maior problema ainda é, sem duvida, a falta de comunicação
ou comunicação equivocada, distorcida, parcial. A comunicação eficiente se
baseia fundamentalmente na capacidade que temos de nos colocar no lugar do
outro, de procurar compreender o mundo e os desejos dele, que certamente são
diferentes dos nossos, pois somos ímpares e absolutamente exclusivos.
Sem afeto, ninguém se predispõe a solucionar problemas ou
praticar essa tão esperada compaixão, que é justamente colocar-se no lugar do
outro para tentar compreendê-lo. As pessoas só se esforçam para o bem quando
estão motivadas pelo afeto; e, se não deixam aflorar esse sentimento, terminam
desistindo de criar um ambiente produtivo, no que se refere aos relacionamentos
em geral.
Relacionar-se bem com as pessoas faz com que sua vida ganhe
um novo sentido, um novo valor. E, sobretudo, é o afeto que você sente e
demonstra que o conduzirá às melhores oportunidades para seu sucesso pessoal e
profissional e – sobretudo – para sua felicidade.
Sugestão de Leitura:
Dicas para um Bom Relacionamento no Trabalho
"Dicas para um Bom Relacionamento no Trabalho" vem
oferecer subsídios para iniciar ou ampliar seu acervo de bons pensamentos, os
quais expressos num momento crítico, poderão agir como um bálsamo!